O que é a luz

 



Durante algum tempo pensou-se que a luz era formada por milhões de partículas infinitesimais, ou corpúsculos, que se deslocavam a imensas velocidades. Isto era deduzido da forma como a luz se refletia nos espelhos. Quando um raio de luz se choca com a superfície de um espelho, rebate da mesma forma que uma bola numa parede. O ângulo que forma ao chocar contra a parede (ângulo de incidência) é igual ao que faz quando se afasta (ângulo de reflexão), sempre e quando a bola seja “perfeitamente elástica”.


IMAGEM 01 - AS ONDAS DE LUZ. Acervo: Ludus Schola.


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Raios luminosos são partículas?

 

A ideia corpuscular é talvez a melhor forma de representarmos um raio de luz. Os corpúsculos caminham, em linha reta. Já que têm que se deslocar entre dois pontos pelo caminho mais curto possível. Os corpos muitos quentes como o Sol e o filamento de uma lâmpada elétrica, emitiram um jato de pequenas partículas. Os outros corpos são vistos porque refletem alguns corpúsculos que com eles esbarram. O corpo humano não emite corpúsculos luminosos próprios, porém fica visível quando reflete corpúsculos nos olhos das pessoas que os estão vendo. 

De acordo com a teoria corpuscular, toda energia luminosa que chega à Terra, procedente do Sol, é transportada por corpúsculos.


IMAGEM 02 - A PROPAGAÇÃO DA LUZ. Acervo: Ludus Schola.


As teorias modernas sobre a natureza da luz prescrevem que é, realmente, um conjunto de diminutas partículas emitidas por corpos quentes, como o Sol.

Porém, existe sutil diferença entre a moderna partícula luminosa, chamada fóton, e a versão antiga, o corpúsculo, consistindo em que o fóton não transporta energia, mas sim que é energia. Podemos imaginar um fóton como um volume de energia. É diferente de todos os outros tipos de energia, já que existe somente em movimento. Quando se descolam em suas velocidades normais, aproximadamente 300.000 km/seg., os fótons se comportam como qualquer pedaço comum de matéria. Porém colidir com partículas, tais como elétrons e prótons, e desviá-las do mesmo modo como se fossem partículas normais.


IMAGEM 03 - O QUE É A LUZ. Acervo: Ludus Schola.


Nos fotômetros fotoelétricos, empregados em fotografia, os fótons que colidem com um pedaço de metal sensível à luz, liberam elétrons deste último. Estes elétrons formam uma corrente elétrica que movimenta um a agulha, indicando a intensidade da luz. Descobriu-se que um fóton libera um elétron. Os elétrons são partículas e são liberados pelos fótons que se comportam como partículas.

Isaac Newton foi defensor da velha teoria corpuscular, a qual, por causa do seu prestígio, dominou todo o pensamento do século XVIII.

A teoria moderna dos fótons foi consequência do trabalho de Albert Einstein sobre o efeito fotoelétrico, no ano de 1905. Suas investigações demonstraram que um elétron se separava de seu átomo correspondente por causa do choque com uma partícula luminosa isolada. A luz não era formada por um fluxo de energia, mas sim por porções descontínuas.

 

A luz é uma onda?

 

Entre a antiga teoria corpuscular e a nova teoria fotônica, os cientistas sustentaram que a luz era uma perturbação contínua do tipo ondulatório.

Em muitos aspectos, as ondas luminosas são semelhantes às ondas acústicas, propagando-se pelo espaço, causando perturbações do mesmo, ou seja, alterando o contínuo tecido espaço-tempo que forma a realidade.


IMAGEM 04 - CORPÚSCULOS DE LUZ. Acervo: Ludus Schola.


 Ambas se difundem, partindo da perturbação, formando círculos que se ampliam. Forma-se uma sucessão de cristas e vales e, quando dois grupos de ondas se batem, de tal forma que a crista de uma coincide com o vale da outra, ambas se neutralizam mutuamente e desaparecem. Este efeito, chamado interferência, é muito fácil de observar em ondas aquáticas, porém difícil de ser observado com ondas luminosas, já que estas, vibrando lateral e verticalmente, são muito pequenas.

A natureza ondulatória da luz explica outras propriedades interessantes.

 A luz se propaga em linha reta e, de fato, as ondas se propagam em linhas retas. Porém, ao mesmo tempo, vibram lateralmente e verticalmente. Podem contornar objetos opacos e atingir a zona que deveria formar a sombra do objeto, é onde morre o impacto da perturbação ondulatória da interferência luminosa.


IMAGEM 05 - EFEITO FOTOELÉTRICO. Acervo: Ludus Schola.


Este fenômeno se denomina difração, sendo muito importante nos microscópios de grande aumento, já que, se o objeto ampliado é do mesmo tamanho de uma onda luminosa, a luz pode contorná-lo e a imagem fica deformada. O valor do comprimento de onda da luz (aproximadamente cinco centésimos-milésimos de centímetro) limita o tamanho dos objetos que podem ser usados num microscópio que utiliza luz comum.

A interferência e difração foram observadas durante os séculos XVIII e XIX. Os cientistas que as observaram opinaram, acertadamente, que não podiam ser causadas por corpúsculos, mas sim por algum tipo de ondas.


IMAGEM 06 - EFEITO DE UMA ONDA. Acervo: Ludus Schola.


Os rasos luminosos são perturbações do tipo ondulatório, que se deslocam a velocidades próximas dos 300.000 km/seg., através do espaço. São perturbações semelhantes às ondas na água ou às ondas de som (perturbações do ar). As ondas luminosas são perturbações. Porém, o que perturbam? Suponha-se que o espaço era totalmente vazio, nada havendo que pudesse ser perturbado. Não se podia conceber que uma perturbação do nada permitisse transferir a luz do Sol até à Terra. Por isso inventou-se uma substância misteriosa a que se chamou éter. O éter existia em todas as partes, e a luz era uma perturbação do éter. Porém, o éter nunca pode ser detectado e é improvável que exista já que, para transmitir ondas luminosas nas velocidades em que se descolam, era preciso que possuísse propriedades muito especiais. Por exemplo, deveria possuir rigidez do aço.

Atualmente, sabe-se que as ondas luminosas são ondas eletromagnéticas.

Consistem em variações muito rápidas de campos elétricos e magnéticos, e estes campos podem existir e variar em espaços vazios. Nestas condições o éter não é necessário.

 

Os raios luminosos são ondas e partículas

 

A luz não totalmente uma onda nem totalmente uma partícula. É uma combinação de ambas, uma onda-partícula.

Algumas vezes a luz se comporta como onda (como nas interferências e difrações), e outras, como partícula (por exemplo, o efeito fotoelétrico). Esta teoria é bastante complicada, tudo o que se trata do fenômeno da luz ainda permanece um mistério e se abre um abismo sem fim de indagações a respeito de sua natureza e velocidade, porém, é a única capaz de explicar todos os aspectos do comportamento da luz. Está atualizada com as teorias modernas sobre a natureza da matéria, sobre a qual se pensa, também, que tem propriedades de onda e partícula.


IMAGEM 06 -AS TEORIAS SOBRE A LUZ. Acervo: Ludus Schola.


Quanto maior for a partícula, menos se poderá apreciar suas propriedades ondulatórias. O movimento ondulatório nada mais é que o movimento de propagação de um movimento vibratório.

 

 


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