John Cockcroft

 


John Douglas Cockcroft nasceu a 27 de maio de 1897, em Todmorden, no condado de York, Inglaterra. Depois de estudar eletrotécnica e física na Universidade de Manchester e em Cambridge, chegou a ser em 1938, membro do St.John’s College de Cambridge e trabalhou no laboratório Cavendih com Ernest Rutherford.


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IMAGEM 01 - JOHN COCKCROFT - Acervo: Ludus Schola


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Nesta época havia muito interesse em se investigar profundamente as propriedades do átomo, utilizando partículas carregadas, tais como partículas alfa. Como projeteis dotados de grande velocidade para bombardeá-lo.

Em 1919, Rutherford conseguiu transmutar o átomo de nitrogênio em átomo der oxigênio, usando partícula alfa de grande velocidade, emitidas por material radiativo natural. Pensou-se em partículas aceleradas a grande velocidade por meios artificiais também poderiam entrar no núcleo.

Compreendendo a possível importância de semelhantes métodos, Cockcroft colaborou com outro investigador do laboratório Cavendish, E. T. S. Walton, para construir uma máquina que fosse capaz de acelerar as partículas alfa a velocidades maiores que as que tinham as emitidas pelas substâncias radioativas. O fato de que tal máquina aceleraria assim mesmo a grandes velocidades os prótons (“projeteis” mais eficazes para penetrar no núcleo atômico que as partículas alfa) e os deutérios, prometia resultados importantes.

Em 1929, Cockcroft e Walton projetaram e construíram um circuito elétrico que proporcionava várias centenas de milhares de volts e que podia constituir a base de semelhante máquina. Para carregar partículas carregadas com os prótons, necessitava de uma fonte de tais partículas e também de um meio de acelerá-las. O gás hidrogênio foi empregado como administrator de prótons.


IMAGEM 02 - ACELERADOR DE PARTÍCULAS - Acervo: Ludus Schola


Foi ionizado passando-se o arco elétrico através dele, numa câmara de ionização. O elétron era arrancado do átomo de hidrogênio, ficando núcleo de hidrogênio, quer dizer, o próton carregado positivamente.

Os prótons eram arrastados da câmara de ionização, e conduzidos ao centro de um longo tubo de vidro. Deste tubo se extraía o ar e no seu interior se fixavam, a intervalos, cilindros metálicos. Cada um destes estava conectado a um condutor de alta voltagem que procedia de uma seção do gerador.

Quando um próton entrava no tubo de vidro, a voltagem negativa do primeiro cilindro de metal acelerava o próton até certa velocidade. Logo percorria o primeiro tubo metálico e, ao sair, encontrava voltagem negativa ainda maior no segundo tubo metálico, acelerando-se ainda mais. Depois de atravessar os vários tubos, o próton emergia a enorme velocidade.

A fonte de alta voltagem era capaz de gerar 700.000 volts, e estava conectada escalonadamente a cinco ou seis cilindros metálicos.

Em 1932, Cockcroft e Walton usaram sua máquina para acelerar prótons, e dirigiram o feixe de prótons em direção a uma amostra de lítio como “alvo”. Ito deu como resultado a transformação dos átomos de lítio em átomo de hélio. Haviam desintegrado o átomo de lítio por meio de prótons acelerados artificialmente.

Cockcroft e Walton foram assim os primeiros a conseguir prótons altamente acelerados em laboratório e demonstrar que esses prótons poderiam causar desintegrações atômicas.

Em 1936, Cockcroft foi designado membro da Royal Society, e ordenado cavalheiro em 1948. Em 1946 foi nomeado Diretor do Instituto de investigação de energia Atômica de Harwell. Em 1951, John Cockcroft compartilhou com E. T. S. Walton do prémio Nobel de Física, pelo trabalho de ambos sobre aceleração artificial de partículas.

Em 1960 foi designado Diretor do Churchill College de Cambridge.

 

 

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