Adam Sedgwick

 


“Considerado um dos fundadores da geologia moderna. Em 1851, Sedgwick foi laureado pela Sociedade Geológica de Londres com a medalha Wollaston”.

 

Durante centenas de milhares de anos, as rochas no norte de Gales foram submetidas a deslocamentos, atividades vulcânicas e erosão. Foram tão alteradas e deformadas e pelo calor e pressões que é difícil reconstruir sua forma e estrutura originais. O mérito da decifração do mistério destas rochas e a explicação de sua estrutura pertence, em primeiro lugar, a Adam Sedgwick. Antes de seu trabalho, a maioria das rochas de Gales, Distrito dos Lagos e Escócia, eram chamadas rochas de transição, nome dado por Werner, já que suas características pareciam intermediárias entre as rochas primitivas (granitos, etc.) e as rochas estratificadas (arenitos, calcárias, etc.).



IMAGEM 01 - SÁBIOS ILUSTRES: ADAM SEDGWICK - Acervo: Ludus Schola


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Na atualidade as rochas de transição são chamadas do paleozóico inferior.

Sedgwick foi o primeiro a estuda-las detalhadamente. São constituídas, fundamentalmente, por arenitos grossos e finos, lousas e pedras vulcânicas.



IMAGEM 02 - SÁBIOS ILUSTRES: ADAM SEDGWICK - Acervo Ludus Schola


Adam Sedgwick nasceu em Dent, no condado de York, Inglaterra, em 1785. Fez estudos eclesiásticos e, depois de graduar-se em Trinity College, de Cambridge, foi professor de teologia. Em 1818, foi ordenado sacerdote, tendo-lhe sido oferecida, por essa época, a cátedra de geologia da citada Universidade.

Sedgwick aceitou a honraria, com a seguinte frase: “Até à data não mexi numa só pedra, mas daqui em diante não deixarei nenhuma sem se mover”.

Sedgwick foi professor de geologia durante mais de cinquenta anos trabalhando arduamente neste período para cimentar seus estudos sobre sólidas bases científicas. Ocupou postos de direção na Cambridge Philosophical Society e na London Geological Society. A maioria de seus trabalhos é encontrada nos anais destas sociedades. Suas contribuições mais importantes referem-se às rochas paleozoicas da Grã-Bretanha.

Algumas de suas primeiras investigações foram realizadas no Distrito dos Lagos, próximo de sua residência. Prestando grande atenção à natureza das rochas, e traçando um mapa muito cuidadoso, determinou as mudanças que tinham sofrido e a estrutura original da zona. Depois Sedgwick declinou todo seu ao norte de Gales. Verificou que a base das rochas de “transição” descansava sobre uma plataforma de rochas primitivas. E de novo, mediante detalhado estudo das falhas e mudanças dos tipos de rochas, conseguiu reconstruir a história da região e desenhar mapas exatos.


 
IMAGEM 03 - SÁBIOS ILUSTRES: ADAM SEDGWICK - Acervo: Ludus Schola



Chamou às rochas estudadas cambrianas, palavra derivada de Câmbria, nome romano de Gales. Sedgwick não estava particularmente interessado em fósseis, mas compreendeu seu valor e guardou todos os que encontrou, para identificação. Muitos deles receberam, seu nome. Quando estes foram comparados com os achados de Murchison, mais ao sul, verificou-se que tinham existido três povoações diferentes. Por isso as rochas de “transição” foram divididas em cambrianas, ordovicianas e silurianas.

Toda sua vida Sedgwick conservou suas convicções religiosas e foi, durante muito tempo, cônego de Norwich. Possivelmente essa foi a causa de sua enérgica oposição às teorias de Darwin sobre a seleção natural e a seu livro A origem das espécies. Sedgwick morreu em 1873. Seu nome é lembrado no Museu de Sedgwick e no Sedgwick Club da Universidade de Cambridge.



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