A teoria mais amplamente aceita atualmente propõe que o
Sistema Solar se formou há cerca de 4,6 bilhões de anos a partir de uma nuvem
primitiva de gás e poeira. A ação da gravidade fez com que essa nuvem começasse
a se contrair lentamente, em um processo que levou dezenas de milhões de anos,
até que a maior parte de sua massa se acumulou no centro, formando o embrião do
Sol.
Com a contração, a rotação da nuvem se intensificou, fazendo
com que ela assumisse a forma de um disco achatado. A temperatura no centro
aumentou progressivamente, até atingir níveis suficientes para que ocorresse a
fusão nuclear, dando origem ao brilho solar. Enquanto isso, as regiões mais
externas do disco foram esfriando, permitindo a solidificação da matéria.
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Nesse ambiente, as partículas de poeira e rochas começaram a
colidir e se agrupar, formando corpos cada vez maiores. Esses corpos deram
origem aos planetas que hoje orbitam o Sol. Essa teoria foi inicialmente
proposta pelo cientista francês Pierre-Simon de Laplace e, desde então, tem
sido aprimorada por estudos e descobertas posteriores.
Mercúrio
Vênus
Terra
Marte
Quarto planeta em distância do Sol, é o mais parecido com a Terra em termos de características geológicas. Sua superfície apresenta crateras, vales sinuosos que sugerem antigos rios, regiões cobertas por neve de dióxido de carbono e vastos campos de dunas. Seu diâmetro equatorial é de 6.794 km e o polar de 6.760 km.
Marte completa uma volta ao redor do Sol em 687 dias
e gira sobre seu eixo em 24 horas, 37 minutos e 22 segundos. Sua massa
representa 10,7% da terrestre. Possui duas pequenas luas: Fobos e Deimos,
descobertas em 1877 pelo astrônomo americano Asaph Hall.
Júpiter
O maior planeta do Sistema Solar, situado entre Marte e
Saturno. Seu diâmetro equatorial é de 142.796 km e o polar, de 133.515 km.
Júpiter tem uma massa 318 vezes maior que a da Terra. Sua rotação é rápida,
levando cerca de 9,9 horas, enquanto a translação ocorre em 4.329 dias (cerca
de 11,8 anos). A olho nu, pode ser visto como um ponto muito brilhante
(magnitude -2,5). No telescópio, mostra faixas escuras paralelas ao equador e
duas formações notáveis: a Grande Mancha Vermelha — observada desde 1665
e maior que o dobro do tamanho da Terra — e a Perturbação Austral,
detectada em 1901. Júpiter possui um tênue anel e 63 luas conhecidas,
destacando-se 16, como Io, Europa, Ganimedes (a maior), e Calixto. Em 1994, foi
atingido pelo cometa Shoemaker-Levy 9, provocando clarões visíveis em sua
atmosfera.
Saturno
Sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior em volume.
Tem diâmetro equatorial de 120.835 km e polar de 107.785 km, sendo
consideravelmente menos denso que a Terra. Saturno é facilmente identificado
por seu imponente sistema de anéis. Sua translação ao redor do Sol dura cerca
de 29 anos terrestres (10.752 dias) e sua rotação, na região equatorial, ocorre
em pouco mais de 10,6 horas. O planeta tem 56 luas identificadas, sendo Titã a
maior e uma das mais interessantes do Sistema Solar.
Urano
É o sétimo planeta do Sistema Solar e o primeiro descoberto
por métodos modernos. William Herschel o identificou em 13 de março de 1781,
inicialmente pensando tratar-se de um cometa. Mais tarde, Pierre Simon de
Laplace confirmou que era de fato um planeta. Urano pode ser visível a olho nu
em boas condições, com magnitude de até 5,8. Seu diâmetro equatorial é de
51.800 km e o polar, de 48.692 km. Realiza sua órbita em torno do Sol em 84
anos (30.687 dias) e sua rotação retrógrada leva cerca de 17,2 horas. Em 1977,
foram descobertos seus anéis, mais discretos que os de Saturno. Urano possui 27
satélites naturais conhecidos.
Netuno
O oitavo planeta do Sistema Solar e o segundo descoberto por
cálculos matemáticos, antes de ser visualizado. A previsão de sua existência
foi feita por Urbain Le Verrier em 1846, com base em anomalias na órbita de
Urano. No mesmo ano, Johann Galle o observou no céu, confirmando a previsão.
Sua atmosfera contém hidrogênio, hélio, metano e amônia, e possui formações
marcantes como a Grande Mancha Escura, a Pequena Mancha Escura e
a Patineta. Netuno realiza sua translação em 164,8 anos terrestres
(60.190 dias) e gira sobre seu eixo em 15 horas e 48 minutos. Possui 13 luas
conhecidas, sendo Tritão a maior.
Plutão
Antes considerado o nono planeta do Sistema Solar, foi reclassificado como planeta anão pela União Astronômica Internacional em 24 de agosto de 2006, por não "limpar" sua órbita de outros objetos. Localizado no cinturão de Kuiper, Plutão foi descoberto por Clyde Tombaugh em 13 de março de 1930, após buscas iniciadas por Percival Lowell.
Hoje sabe-se
que ele é menor que a Lua, com massa e diâmetro inferiores. Sua órbita ao redor
do Sol dura cerca de 248 anos (90.553 dias), e sua rotação, retrógrada, dura
6,3 dias. Em certas ocasiões, Plutão atravessa a órbita de Netuno. Está a uma
distância que varia entre 4,5 e 7,5 bilhões de km do Sol. Possui três luas:
Caronte (descoberta em 1978), Nix e Hidra (descobertas em 2005).
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