A Grécia




Quando alguém quer-se referir a algo sólido, durável e valioso em matéria de pensamento, arte, ciência e cultura em geral, usa a Grécia como comparação. A filosofia grega. A arte grega. As conquistas científicas gregas. A civilização grega, em suma, é sinônimo de harmonia, equilíbrio e permanência. E isso com muita justiça, porque, na verdade, o patrimônio deixado pelos gregos da antiguidade resistiu ao desgaste dos séculos, influenciando praticamente todos os povos do mundo. E o culto grego à beleza estável e serena ainda hoje é tema de admiração.

 
IMAGEM 01- A GRÉCIA - Acervo: Ludus Schola


Há momentos, porém, nos quais esse prestígio desfrutado pelos gregos se torna paradoxal para quem vive no século XX. Porque a Grécia de agora é bem diferente daquela que pertence à tradição. O país continua bonito, sem dúvida tanto assim que constitui um dos principais centros de turismo na Europa. Mas harmonia, equilíbrio e permanência de nenhum modo representam as características principais da vida do grego moderno. No entanto, um retorno às origens da Grécia ajuda a mostrar que presente e passado têm muito em comum. Quando Roma ainda não existia e os etruscos dominavam a península italiana; quando os assírios e os egípcios lutavam entre si pela posse do mundo que conheciam, pondo em polvorosa fenícios e judeus, os gregos colonizavam o Mediterrâneo através de um intenso comércio, especialmente na Ásia Menor. Não se sabe de onde vieram aqueles gregos, nem porque escolheram a princípio as terras montanhosas e áridas, rochosas e escarpadas da Península Balcânica. Também não se sabe exatamente quando vieram. Documentos egípcios situam-nos por volta do século XII a.C. Seis séculos antes de Cristo, porém, os jônios haviam já chegado quase até às Colunas de Hércules, hoje estreito de Gibraltar, perto da foz do rio Ebro fundaram o porto Tarraco e, nas encostas alpinas, Nicaea. Ambos existem até hoje: Tarrago e Nice Marselha, na foz do Ródano, antiga Massília dos jônios – e também Marselha, na foz do Rósano, antiga Massília dos jônios. Jônios e dórios colonizavam a Sicília, onde fundaram Catana, pouco se importando com a presença bem próxima dos fenícios, que se expandiam em Cartago e também chegavam à costa siciliana. Os dórios colonizavam também a África do Norte: Cirenaica deve-lhes o nome, pois seu porto naquelas terras chamou-se Cyrene.
No século VI a.C. já eram gregas as costas da Córsega, todo o sul da Itália a partir da cidade de Neapolis (atual Nápoles), a ilha de Chipre e todas as ilhas do mar Egeu, toda a costa do mar Negro, incluindo a península de Cheronesus (hoje península da Crimeia) e as costas do mar de Azov, e as encostas ocidentais do Cáucaso. Quando o Império Romano incorporou todo este mundo, a civilização grega (helênica), já mesclada de elementos orientais, continuou influindo na cultura latina em sua nova forma (helenística). A Grécia é uma península, pendurada em outra península e dividida em várias outras penínsulas, todas elas cercadas de ilhas. A principal península grega e a mais meridional chama-se Peloponeso. Em sua parte sul, estabeleceram-se os dórios. Na parte setentrional e ao norte do golfo de Corinto que separa o Peloponeso do resto da Grécia fixaram-se os eólios. E só em algumas ilhas e na península Ática ficaram os jônios. A eles coube fundar Atenas. Todas as cidades gregas eram independentes política e administrativamente. Cada cidade tinha seus governantes, seu regime, sua organização social. Daí o nome de cidades estado. Algumas conseguiam impor-se às outras, quer pela importância econômica, quer pelas armas. Algumas se submetiam aos tiranos, ou seja, chefes que tomavam o poder pela força de maneira ilegítima. Mas a maioria cultivava o governo do povo democratos (donde o termo democracia) e Atenas tornou-se, apesar dos períodos tirânicos, o símbolo desse sistema, em que a individualidade era preservada através de direitos políticos, semelhantes em todas as classes sociais, com exceção dos escravos. Isto só foi conseguido após um período longo (aproximadamente dois séculos) de lutas entre as classes. Assim mesmo, a aristocracia continuava mantendo seus privilégios.


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O desenvolvimento das artes, teatro, principalmente, da filosofia, da literatura, das ciências na Grécia antiga forneceu elementos que entraram na formação da cultura do mundo romano e, naturalmente, da atual civilização ocidental, embora tantos séculos tenham passado. Os nomes de Sócrates e Platão na filosofia, de Heródoto na história, de Homero na literatura, de Sófocles ou Eurípides na arte cênica, de Pitágoras, Tales de Mileto ou Euclides nas ciências, mantém a sua “atualidade"”. E não há idioma moderno que desconheça as origens gregas de tantas e tantas palavras, mesmo no domínio tecnológico, jurídico, político ou social. As leis são "draconianas", pois, em 621 a.C., Dracón as impunha severas. As ruas são calçadas com paralelepípedos, pois suas superfícies (pipedos) são planas-paralelas. E mal sabem as pessoas lacônicas que seu apelido se deve aos rudes dórios que habitavam a Lacônia, no sul do Peloponeso. Em época pré-cristã a língua grega era tão difundida na bacia mediterrânea, que os sábios judeus em Alexandria decidiram traduzir a Bíblia do hebraico para o grego, pois nem sequer os seus correligionários conheciam outra língua. A cultura grega sobrepunha-se mesmo nas regiões dominadas por outros povos. Foi isso que aconteceu com o macedônio Alexandre Magno, no século IV a.C., que conquistou toda a Grécia, tornando-se veículo de sua civilização. Embora conquistada, a Grécia impôs os seus valores culturais e éticos ao enorme império que Alexandre criou e que abrangia não apenas a Península Balcânica na Europa e as costas setentrionais da África, mas mesmo a Ásia, até a atual Índia, às margens do rio Indus.


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Da queda do império de Alexandre à queda de Constantinopla

 

E tão forte foi a influência grega, que, após a queda do império de Alexandre, a cultura helenística continuou predominando em todos os territórios anteriormente por ele dominados. Incorporando a Grécia, o Império Romano acolheu toda a riqueza acumulada de sua civilização, que influenciou até a formação da hierarquia dos deuses romanos. E a língua grega passou a ser o idioma das elites romanas, embora na área do Mediterrâneo oriental continuasse a ser utilizada pelo povo, de todas as origens nacionais ou religiosas. Tão forte, tão rico, tão consciente é o helenismo no sentido cultural, que, ao cair Roma sob o impacto das invasões germânicas, a Grécia embora também assolada pelos mesmos invasores, principalmente hunos e visigodos não somente resiste, mas consegue perpetuar o império sem Roma. Enquanto no Ocidente se inicia um período de transição sócio-político-econômica, que durará séculos, o Império Romano do Oriente, com a capital instalada no antigo burgo dório, Byzantium, mantém a opulência da corte romana, a cultura e o idioma dos helenos e a fé crista, que, separada de Roma, tomará rumo diferente. A cultura grega sobrepunha-se mesmo nas regiões dominadas por outros povos. Foi isso que aconteceu com o macedônio Alexandre Magno, no século IV a.C., que conquistou toda a Grécia, tornando-se veículo de sua civilização. Embora conquistada, a Grécia impôs os seus valores culturais e éticos ao enorme império que Alexandre criou e que abrangia não apenas a Península Balcânica na Europa e as costas setentrionais da África, mas mesmo a Ásia, até a atual Índia, às margens do rio Indus.


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Assolado desde o século VIII pelos muçulmanos, o Império Romano do Oriente sucumbe pouco a pouco. No século IX já se limita à Grécia propriamente dita, à Itália do Sul, Sardenha, Sicília, Creta e à península Anatólia (atual Turquia). No século XIII conserva somente a península do Peloponeso e as costas do mar Egeu. Mais um pouco e só a faixa de Constantinopla se mantém contra a maré do Islam. Mas a imagem da antiga Roma ainda persiste. Chamam-no os árabes de "Império Latino", embora ali só se fale grego. Nos meados do século XV cai, por fim, o último reduto bizantino: a própria Constantinopla. Desde então até os meados do século XIX, a Grécia fará parte do outro império, o otomano, idiomaticamente turco, religiosamente muçulmano. Mas continuará grega e cristã. 

 

Sob o Império Otomano 


O Império Otomano chegou a ser um dos mais poderosos Estados europeus, principalmente no século XVII. Dominava a costa oriental do Adriático, as costas do mar Negro, as atuais Romênia, Bulgária e Hungria. Invadia – e com êxito a Polônia, ameaçava Viena. Povoando um país de terras pobres, os gregos aproveitavam a extensão do Império e, viajando, dedicavam se nele ao comércio. A tarefa era facilitada pela existência, desde a antiguidade, das cidades gregas espalhadas nas costas do Mediterrâneo e do mar Negro. Mas tanto estes gregos – que viviam em Kherson ou Odessa, em Varna ou Ismail – como aqueles que nunca saíram da sua pátria jamais aceitaram a perda definitiva de sus independência. A evolução da política europeia no século XIX favoreceu seus intuitos. A Hungria reconquistou sua independência aos turcos e foi unida, com a Áustria, sob a cura dos Habsburgos, que começou a aumentar os seus territórios incorporando vários povos balcânicos; a Rússia, cultuando a ideia do pan-eslavismo, incorporou a maior parte da Polônia e se apresentava como a defensora dos eslavos que viviam sob o domínio otomano A sua invasão no sul asiático e muçulmano já tinha começado. Depois do desmembramento da Polônia, nascia a ideia de desmembrar o Império Otomano. O Império Austro-húngaro sonhava com a saída para mar através da Península Balcânica. A Rússia almejava a saída para o Mediterrâneo. Necessitava de portos que não gelassem durante a maior parte do ano como os que possuía em seu território. A Inglaterra queria reforçar suas posições coloniais na área de seus interesses e ocupou, em 1814, na costa grega, a ilha Corfu e as ilhas Jônias. Todos Ficaram de acordo que era preciso expulsar os muçulmanos da Europa cristã. A começar pelo território grego. Primeiro por que, em toda a área balcânica, os gregos constituíam o povo mais consciente e nacionalmente homogêneo. Segundo porque estrategicamente a Grécia era o ponto mais vulnerável de Império Otomano e poderia ser ocupa da pelos russos.


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Em Viena, conspiravam os imigrantes políticos gregos. Em Londres, Byron com seus poemas preparava a opinião política inglesa. De Moscou saíram ordens de anexações de províncias otomanas até a foz do Danúbio. Na Grécia, o arcebispo Germanos de Moreia levantava, em 2 de abril de 1821, o estandarte com a cruz, contra a bandeira verde do Islam. Vinte dias depois, o arcebispo era executado pelos turcos e a Europa tida vibrava com o levante vitorioso dos gregos. Mas a guerra arrastava-se: as demais potências europeias interessavam se pela vitória dos gregos; em consequência, os gregos dividiram-se em facções que os enfraqueciam. Em fevereiro de 1827, o governo dos insurretos entregou o comando das operações navais a Lord Cochrane e o das operações terrestres ao General Church. Mas em março de 1827 a Assembleia Nacional grega elegia seu presidente o Conde Kapodistrias, ex-ministro das Relações Exteriores na Rússia czarista. A situação se complicava. A Rússia atacou diretamente a Turquia otomana, forçando a solução. A frota britânica passou s bombardear o porto militar turco de Navarino. Os franceses juntaram se à Inglaterra. Os russos juntaram-se aos franceses. Só os austríacos não podiam bombardear nada: não tinham frota. 


Da guerra santa à guerra mundial


O sultão otomano proclamou jihad – guerra santa. O Conde Kapodistrias era eleito presidente provisório da Grécia. Os ingleses procuravam febrilmente um candidato ao trono grego. Mas, antes de achá-lo, os otomanos se renderam. Em 1829, o tratado de Adrianopla reconhecia a independência da Grécia. Em 1831, era assassinado o Conde presidente Kapodistrias. Em 1832, França, Inglaterra e Rússia assumiam a proteção da Grécia. Em 1833, os três protetores escolheram um, rei dos gregos: era ele Oto I, filho do Rei Ludovico da Baviera. Baviera era por demais insignificante para criar problemas. E Oto só atingiria a maioridade dentro de dois anos. Enquanto isso, a Europa esperaria pelos acontecimentos. Os acontecimentos foram simples: o rei casou-se com uma princesa alemã, e o conde alemão Josef Ludwig Armansperg tornou-se chanceler da Grécia. Os gregos depuseram então seu rei, e os demais monarcas acharam que eles tinham todo o direito de fazê-lo. O problema era encontrar outro rei que se comportasse de modo que ninguém mais tivesse direito a depô-lo. Enquanto isso, Inglaterra, França, Rússia, Áustria e Prússia exerciam o direito de proteger a Grécia. Para não cometer mais nenhum erro, foi escolhido o segundo filho do rei dinamarquês, Guilherme. Era jovem – 17 anos apenas –, e a Dinamarca não representava perigo algum para alguém. O rei chegou à Grécia em 1863, mudou o nome para Jorge I e, em meio século de reinado – morreu em 1913 –, mudou também a própria Grécia. Aproveitou todas as guerras e todos os conflitos – russo-turcos, búlgaro-sérvios, etc. – para ir aumentando seu território. As ilhas Jônias e Corfu foram cedidas pela Grã-Bretanha. Creta separou-se da Turquia numa insurreição que a Grécia aproveitou logo: afinal, Creta também era grega. A fronteira seguia para o Norte: Epiro, Macedônia, Salônica. E foi então, quando eclodia uma nova guerra greco-turca, em plena expansão territorial, quase às vésperas da Primeira Guerra Mundial, que o Rei Jorge foi assassinado. O direito de depor o sucessor de Jorge, Constantino I, coube aos aliados, em 1917, já durante a Primeira Guerra Mundial. Os aliados precisavam do apoio da Grécia contra os turcos e os búlgaros. Mas Constantino tinha-se casado com a irmã do próprio imperador alemão, Guilherme. E não quis apoiar os aliados. Nem em troca de Chipre, que os ingleses lhe ofereceram. Ficou neutro, o que não convinha a ninguém. Acabou sendo de posto. E já que seu primeiro filho lhe compartilhava a opinião, o segundo filho, Alexandre, foi coroado e a Grécia tornou-se um pais aliado. O que lhe permitiu aumentar mais um pouco o seu território, quando a guerra terminou a Trácia – que dava a Bulgária a saída para o mar Egeu- tornou-se grega. Mas os gregos não ficaram contentes. Quiseram as ilhas do Dodecaneso – com Rodes que os italianos conquistaram aos turcos em 1912. E quiseram a costa turca, secularmente habitada pelos gregos.


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1 500 000 gregos por 500 000 turcos e um rei grego 


Quanto ao Dodecaneso, não havia jeito a Itália também era potência aliada, não podia perder nem um palmo de seus territórios. Mas quanto à Turquia, uma vez finda a guerra, o problema era grego. E os gregos, assim o entendendo, invadiram a Turquia. Ora, não se tratava mais da enfraquecida Turquia otomana, desmembrada e derrotada. A Turquia republicana, laicizada, de Kemal Ataturk, reagiu ao ataque. As costas ocidentais da Anatólia, em- bora habitadas pelos gregos, eram vitais para a economia turca. E os gregos foram derrotados. Um milhão e quinhentos mil gregos acabaram sendo expulsos da Turquia - o que foi legitimado nos tratados de Lausanne e Sèvres - e o Rei Jorge II foi deposto. Junto com ele, a Grécia expulsava seus 500 000 turcos. 
Assim, a república, pobre e totalmente desordenada, tinha por tarefa sanear as finanças, organizar a economia e fazer com que 6 500 000 gregos assimilas- sem mais 1 500 000. As desordens conduziram, em 1935, à volta do Rei Jorge II. Passados cinco anos, os italianos e, logo após, os alemães ocupavam a Grécia, em decorrência da II Guerra Mundial. De pois, começava tudo de novo: a Rússia passou a ajudar as facções comunistas gregas que se opunham aos invasores, a Grã-Bretanha, as facções monarquistas igualmente antinazistas. Desde a derrota dos alemães na Grécia, em 1944, até 1949, o país ficou envolvido numa guerra civil. Como ex aliado, ganhou mais alguns territórios: as ilhas do Dodecaneso (a Itália era, desta vez, potência inimiga). Mas quis incorporar Chipre e não o conseguiu. 


A Grécia de hoje

Com seus 132 500 km², a Grécia é pouco menor que o Território do Amapá. Em compensação, suas costas têm a incrível extensão de 13 500 km 4 200 km a mais que toda a costa do Brasil. As ilhas ocupam um quinto de todo o seu território. A maio maior é Creta tem 8 380 km³ e quase meio milhão de habitantes. E é a mais distante da Grécia continental: fica no meio do mar Mediterrâneo. A maior par te das outras ilhas está no mar Egeu. Algumas como Rodes, Samos, Quios - distam poucos quilômetros da costa turca, que até 1923 também era habitada pelos gregos. A mais distante ilha habitada por gregos é Chipre. Mas as razões geopolíticas e a presença da minoria turca fizeram dela um país independente, o que continua atormentando o "problema" grego. Do território grego, 80% é ocupado com montanhas, 60% é incultivável. Assim mesmo, o país é essencialmente agrícola. Produz tabaco (na Macedônia), vinho (no Peloponeso), milho (no Epiro). E é o terceiro produtor de azeitonas do mundo. Batatas, frutas cítricas e trigo completam o quadro. Na pecuária, destacam-se as ovelhas: há mais de 8 milhões. Mas o gado bovino, esqui- no e outro é escasso. Peixes não faltam o que é óbvio num país tão insular e marítimo. Mas a esperança da Grécia está nos recursos minerais, ainda pouco explorados: depósitos de ferro, prata, zinco, manganês, bauxita, alumínio, etc. Por ora, tudo isso é pouco: a balança comercial do país é deficitária, apesar do incremento do comércio exterior e do aumento da frota mercantil.


IMAGEM 07- A GRÉCIA - Acervo: Ludus Schola

Na Grécia vivem 9 milhões de habitantes. Embora haja muito mais gregos espalhados pelo mundo. Depois da "troca" populacional com a Turquia e Bulgária e de pois que os alemães exterminaram os judeus gregos (quase todos de origem espanhola, quando se refugiaram em Salônica no século XVI), 95% da população fala grego e confessa a fé greco-ortodoxa. A maior cidade do país é Atenas, com seu porto, Pireus. Tem 1 milhão de habitantes. Depois vem Salônica. As demais cidades são bem pequenas, embora todas antiquíssimas. A comunicação entre elas é deficiente, por causa do relevo. Os rios não são navegáveis. Há poucas rodovias e ferrovias. Mas, apesar de tudo, o país evolui, embora lutando contra a natureza e as dificuldades de tantas ordens e desordens acumuladas pela História.




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