Apenas uma pequena parte da
energia calorífica e da radiação luminosa total do Sol incide sobre a Terra, e
mesmo assim só uma pequeníssima fração tem sido até hoje aproveitada como fonte
de energia. As plantas utilizam a energia solar para sintetizar substâncias
complexas a partir do anidrido carbônico e água. Tais substâncias são
posteriormente usada como alimento, ou como fonte de energia (por exemplo,
carvão, turfa). Na realidade, toda energia de nossos alimentos, bem como
praticamente todo petróleo, provém, em última instância, do Sol (com exceção da
energia nuclear).
IMAGEM 01 – FOGÕES SOLARES-A
A energia solar chega à Terra sob forma bastante difusa para ser utilizada diretamente como fonte de calor. Não se pode, por exemplo, cozinhar com ela. Mesmo em pleno meio-dia, no equador a água de um recipiente exposto ao sol não ferve.
O recipiente recolhe,
apenas, o calor que nele incide diretamente, o que é insuficiente para fazer a
água ferver. Quando desejamos utilizar a radiação solar, que atinge uma grande
área, devemos concentrá-la em área muito menor, o que é conseguido facilmente,
com a ajuda de lentes e espelhos.
Com uma lente convergente
ou convexa (mais grossa no centro que nos bordos) é possível concentrar os
raios solares num ponto do papel. Este começa logo a queimar sob a ação do
calor e da luz concentrados (luz e calor são radiações muito semelhantes).
Quanto mais for a lente, maior será a quantidade de radiação interceptada e
reunida. É, todavia, dispendioso fabricar lentes grandes, em face do que a
maioria dos fogões solares usa espelhos. Um espelho côncavo (como a parte
côncava de uma colher) é melhor que uma lente em muitos aspectos. Os raios
paralelos do Sol chocam-se com o espelho e, ao se refletirem, reúnem-se num
ponto, o foco principal. Se o espelho
tivesse a forma de uma esfera nem todos os raios passariam pelo foco após a
reflexão. Por isso, os espelhos têm forma um pouco diferente à chamada paraboloide. Esta forma permite que todo
raio que chegue ao espelho passe pelo foco.
IMAGEM 02 – FOGÕES SOLARES-B
Se o espelho for suficiente
grande, podemos cozinhar alimentos usando o foco. Comprovou-se, na prática, que
o raio mínimo do espelho deve ser de 45 cm e que entre o centro e o foco deve
haver uma distância também de 45 cm (distância focal). Se o espelho tiver
medidas muito maiores será de difícil manejo, pois à medida que o Sol se
desloca no céu o espelho terá que ser orientado em relação a ele.
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