A cada 11,1 anos as manchas solares passam por um período de máxima atividade. Na metade deste tempo, porém, podem não ocorrer. Logo as manchas começam a surgir em estreitas faixas nas latitudes 35º ao Norte e ao Sul do equador do Sol. As manchas vão se tornando cada vez mais numerosas e as zonas onde estão se movem, gradualmente para o equador. Seu número alcança um máximo e volta depois a decrescer, ao chegar a 8º do equador. Quase imediatamente torna a surgir novo conjunto delas aos 35º Norte e Sul, marcando o início de um novo ciclo de manchas solares.
IMAGEM 01 – O MANCHAS SOLARES-01 – Fonte: Ludus Schola
A mancha solar é uma zona
escura sobre a superfície do Sol. A sua parte central (umbra – latim, ou sombra) está rodeada por outra menos escura (penumbra). As
manchas solares parecem escura porque estão de 1.500 a 2.000ºC mais frias do
que o resto da superfície do astro (cuja temperatura é de uns 6.000ºC).
Não se conhecem as causas
deste ciclo regular das manchas solares. A mancha em si é provavelmente
produzida por perturbações magnéticas.
O núcleo solar é uma enorme
central termonuclear. Produz energia, que é transportada do núcleo para o
espaço. Grande parte do calor vai para a superfície visível do Sol, ou
fotosfera, por meio de correntes de convecção, ao serem expulsas as massas de
gás extremamente quente que borbulham na superfície.
Este gás se compõe
principalmente de hidrogênio, cuja parte se ioniza, isto é, seus átomos perdem
elétrons. As partículas ficam, portanto, eletricamente carregadas e o seu fluxo
é análogo ao de uma corrente elétrica. Ao fluir uma corrente elétrica forma-se
um campo eletromagnético ao seu redor. De modo análogo formam-se campos eletromagnéticos
em torno das correntes de convecção. Às vezes o campo eletromagnético pode
girar, tornando-se particularmente grande e, em consequência disso, repele a
corrente de convecção, impedindo-a de sair.
IMAGEM 02 – O MANCHAS SOLARES-02 – Fonte: Ludus Schola
O calor não pode alcançar a
superfície, que se esfria naquele ponto e mais aparece mais escura, formando a
mancha solar. Campos magnéticos de alta intensidade foram observadas ao redor
das manchas solares. É raro ver uma única mancha solar isolada. Geralmente se
apresentam em pares ou em grupos. Os campos magnéticos de um par de manchas
solares atuam em sentido opostos, comportando-se um deles como Polo Norte
magnético e outro como Polo Sul. As manchas solares duram uns vinte dias antes
de desaparecer. Como o Sol gira, temos a impressão de que elas se movem sobre
seu disco. A observação do movimento das manchas foi o primeiro método para
medir a velocidade de rotação do Sol.
As manchas solares surgem
nas zonas perturbadas da superfície, e podem estar acompanhadas de outros
fenômenos. Os gases que fluem podem ser expelidos muito longe do Sol,
irradiando uma quantidade anormal de luz ultravioleta e raios X, que ao chegar
à Terra causam repentinos transtornos nas transmissões de rádio de ondas
curtas. Em quatro dias estas manifestações viajam do Sol à Terra, onde produzem
tempestades magnéticas e, na alta atmosfera, as auroras polares.
IMAGEM 03 – O MANCHAS SOLARES-03 – Fonte: Ludus Schola
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